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“Não se pode acumular ouro e pedras preciosas, sem ter lugar seguro para guardá-los”.

O Infinito e os Princípios Herméticos

 

Mesmo que em algumas situações em nível de Infinito se possa estabelecer uma comparação analógica com algum dos Princípios Herméticos, na realidade nenhum deles pode existir na Transcendência. Não somente os Princípios Básicos, como também os Complementares não têm lugar na Transcendência, a não ser como informação contida no “É”.

           

Nesta palestra veremos porque não podem existir Princípios Herméticos no Infinito. Quando estudamos os princípios básicos vimos que eles tendem ao infinito. Duas polaridades que se aproximam progressivamente tendem a se encontrar no infinito. A própria Geometria Euclidiana já afirmava que duas retas paralelas se encontram no infinito. Assim também acontece não só com  a polaridade, mas com o gênero, e com todos os demais Princípios. Os opostos se complementam no infinito.  Pelo paradoxo de Zenão que se pode testar isso, como temos feito por diversas vezes.

 

Vimos que ao se aproximar duas polaridades a distância entre os extremos – pólo – cada vez diminui mais e isto teoricamente só cessa no infinito. Porém no infinito já não são polaridades, pois polaridade requer espaço e não havendo espaço real no “É” então se pode indagar em que um bipólo a tal nível se transforma.

 

Quando duas coisas se anulam diz-se que elas se convertem em nada, mas não é possível ao intelecto humano entender como é que algo pode simplesmente deixar de existir. Isto contaria o em outras palavras disse Lavoisier: Na natureza nada se cria, nada desaparece, tudo se transforma.

 

Na verdade não deixa de existir, deixa sim de ser passível de detecção pelos sentidos  ou por qualquer tipo de instrumento. Assim Mas algo continua existindo segundo o Hermetismo se transforma, volta ao A MA. Mas, é um nada para o intelecto ano, mas não deixa, mesmo assim, de ser algo. O nada é algo, é nada somente para o intelecto humano. Assim as polaridades se anulam, voltam ao nada, mas não de forma absoluta. O nada por ser um estado cuja compreensão não tem lugar no intelecto humano. Volta-se à condição de MA podemos afirmar quanto à possibilidade de uma reconversão. Se a partir de MA o universo se gerou a partir de MA quando as coisas existentes voltam ao Estado de MA naturalmente podem retroceder novamente desse estado. O que estamos falando é uma visão dualística.

             

Essa aproximação tende ao infinito e nesse caso não haveria mais polaridade sim uma anulação. Qualquer principio ao nível do transcendente não continua existindo, pois na verdade eles se anulam, o que equivale a se transformar em nada. Portanto a aproximação de dois pólos no infinito se anularia e neste caso se transformaria em nada. Não podemos afirmar que se trate de um nada absoluto, mas podem pede acontecer que seja um nada para o intelecto humano.

           

Assim se pode ver que a reversão da polaridade leva ao nada, mas o nada tem o potencial de haver nova reversão voltando tudo ao que era antes. Daí a afirmação das doutrinas orientais quando fala das noite de Brahmân.

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