Os Devas e a Natureza
“Nós descobrimos que o universo mostra evidência
de um poder provisor ou controlador que tem
qualquer coisa em comum com as nossas próprias
Mentes(...)”. JEAN, Sir James
Não se podem dissociar os Devas e a Natureza, pois eles são a expressões de uma mesma coisa. Os Devas são expressões de consciência em três dos planos da sequência sétupla.
Quando falamos dos seres, expressões de consciências, em planos não materiais parecem que estamos expondo divagações da mente, o que não é verdade. Respondemos isto com a citação: “A verdade é sempre estranha, mais estranha que a ficção”- Lord Byron.
Há muitos pontos de contatos possíveis entre o mundo dos humanos e os reinos dos Devas, para que tal venha a ser efetivado podem-se fazer uso dos elementos mais característicos dos reinos dévicos.
A cor é o elemento básico no mundo dos Devas, a linguagem dévica se faz mais pelas cores que pelos sons. Cada grupo e subgrupo têm cores e nuances própria assim também pedras semipreciosas e preciosas, metais, e outros elementos diretamente relacionados com ele, pelo que o caracteriza. Mais que a estrutura de uma pedra vale a sua cor. Existe uma pedra uma pedra preciosa divina para cada grupo de Devas, assim também as pessoas são síncronas com as pedras preciosas. Cada plano tem a uma pedra própria e característica e isto se reveste de grande importância para todo aquele que pretende trabalhar com os seres dos “mundos encantados”.
Atualmente está se intensificando o número de pessoas que são tratadas de seus males físicos através do uso das cores, da luz colorida. Esse tratamento tem validade tanto quanto a ação direta dos raios sobre o processo mórbido quanto pelo lado dévico. Num processo de cura a vibração nos diferentes comprimentos de ondas das diversas cores promovem o processo de equilíbrio da estrutura danificada. Por outro lado, a cor atrai o Devas, e existem os Devas curadores, que na realidade são expressões da própria força vital.
O Misticismo fala dos raios da Criação, assunto que desenvolveremos um tanto nas próximas palestras. Os raios da Criação em número de 7, cada um tendo uma cor que se torna muito evidente ao nível da ação dévica.
1 º. Raio - Diamante
2 º. Raio - Safira
3 º. Raio - Esmeralda.
4 º. Raio - Jaspe.
5 º. Raio - Topázio
6 º. Raio - Rubi
7 º. Raio - Ametista.
O número de Devas é muito elevado na natureza, porém é bem maior o incomensurável número de Elementais. Segundo a Teosofia, baseada em religiões orientais, o número de Devas chega a 330 milhões.
No que dizem respeito às formas elas estão ainda nos dois Grupos B e C, pois se situam no plano rupa. O Grupo A não tem forma são apenas seres energéticos só assume uma forma quando têm que se apresentar no mundo denso nos planos inferiores e esta forma varia conforme a necessidade e o momento. Na maioria das vezes os Devas assumem formas aparentemente humanas, embora que muito tênues, mas podem se apresentar sob outras formas desde que “Os Devas detêm a ideia arquetípica de todas as formas, não apenas da forma humana”.
Os Devas quando se apresentam à na maioria das vezes tomam uma forma humana: Na bíblica fala dos anjos “vestidos de branco” São Lucas e Mateus, dizem que estes têm aspectos fulgurantes e vestimentas brancas como à neve.
É difícil falar da aparência de um Devas, pois a forma, a cor e a própria radiância são bem mutáveis
Diz Michel Coquet: “Temos falado de que a cor é mais importante que a forma para um Devas”. “O homem ver a cor e ouve o som, o Devas ouve a cor e vê o som”.
Diz o Tibetano: “Os Devas não evoluem como os seres humanos e nem vivem como estes. Eles não sofrem, pois, ao contrário aquilo que para o ser humano pode parecer um mal para eles pode ser tão somente o cumprimento da lei, e isto eles podem fazer sem dor ou constrangimento.”
Muitos autores e estudiosos, que desconhecem a verdadeira natureza dos Devas, atribuem a muitos deles qualidades negativas chegando mesmo a dotarem-nos de sentimentos de fúria e de vingança. Chegam a classificá-los de Devas da Vingança, Devas da Ira e coisas assim. Na realidade isto é fruto do desconhecimento das pessoas quanto à natureza e ao papel dos seres dos diversos reinos da natureza dentro do plano da Criação. Na realidade tais sentimentos não existem do lado positivo da Natureza , por isto não cabe se dizer que as formas de consciência divina que são classificadas como Devas, Anjos, Arcanjos, etc. tenham maldades.
Embora não se possa dizer que existam Devas maus, mesmo assim tem que ser levado em contas a relatividade do mal e do bem e o cumprimento das Leis Universais. No dilúvio, por exemplo, houve participação dévica direta e sendo assim uma pessoa poderia achar que aqueles Devas estavam agindo sem piedade, se vingando e agindo maleficamente. Na realidade eles estavam apenas cumprindo uma tarefa desencadeada e comandada pela própria natureza e conduta dos seres encarnados.
Embora tenham discernimento os Devas não optam pelo discernimento piegas, pelo discernimento de ver o indivíduo em primeiro lugar, eles vêm como fundamental o plano universal, portanto em nível acima do lado pessoal das coisas.
No que diz respeito ao campo de ação dos Devas no Universo eles podem ser grupados em cinco grandes reinos, e no que diz respeito à terra apenas em Quatro: Água - Ar, Terra e Fogo, com uma grande quantidade de subdivisões.
No ocidente a maior experiência em grupo sob o trabalho dos Elementais e Devas, sem dúvida é aquele realizado numa comunidade denominada FRINDHORN na Escócia, cuja história é deveras interessante. Algumas pessoas conseguiram se estabelecer numa área junto à uma aldeia de nome Frindhorn. A área era de uma desolação muito grande, terreno desertificado e inóspito; totalmente imprópria para a agricultura. Mas, os pioneiros tinham um propósito em mente, trabalhar na agricultura lado a lado com os Elementais da natureza, na tentativa de ser posto em prática um tipo de agricultura totalmente diverso dos padrões usuais.
Com esse propósito foi dado início ao trabalho.
Mais que o trabalho físico eram praticados meditações e outros meios de contacto com os Reinos da Natureza. No início os contatos não eram frequentes, mas progressivamente, com o passar dos dias, aquelas forças foram se fazendo sentir cada vez com mais intensidade até um nível delas se apresentarem diretamente e de maneira fácil, orientando quanto à maneira como as pessoas ali deveriam proceder no cultivo. Com esse tipo de trabalho conjunto os pioneiros de Frindhorn conseguiram transformar aquele terreno inóspito numa verdadeira fazenda, plena de verde e de altíssima produtividade, provando assim ser possível uma agricultura muito eficiente, sadia e equilibrada, sem a necessidade de agrotóxicos e de tantos outros produtos que atualmente envenenam a produção agrícola do mundo.
A produtividade em Frindhorn é bem maior que a de outras regiões consideradas altamente férteis e aquilo que antes era um deserto atualmente é um mar de verde.
Em Frindhorn a natureza parece estar sempre sorrindo; pessoas do mundo inteiro têm ido até lá para visitar e mesmo estagiar naquela comunidade, e todas são unânimes em constatar a beleza daquilo tudo. O trabalho em harmonia com a natureza ali tem um amplo sentido de integração e de equilíbrio. Vegetais, ar, água tudo parece esbanjar saúde, os sensitivos percebem miríades de fadas e de outros seres pairando sobre tudo. Os Devas sempre prontos a orientar as pessoas.
Se tudo isso é ilusão, pergunta-se porque em Frindhorn consegue-se algo impossível em toda aquela região? Por que sem usar pesticidas e tantas outras coisas nocivas há um perfeito equilíbrio da natureza tornando uma produtividade acentuadamente maior que aquela conseguida pelas técnicas comuns utilizadas pela agronomia científica? - Por que os produtos ali produzidos têm muito maior valor nutritivo e não ocasionam efeitos nocivos como aqueles tratados por outros meios? - A resposta fica com o leitor...
Agora continuemos nosso e estudo sucinto a respeito das características dévicas?
Qual a natureza física dos Devas? - O corpo dos Devas é etérico, portanto de uma consistência muito fluida por isso possuem uma grande capacidade de expansão e de congregação. São muitas vezes chamados “seres radiantes” porque os seus corpos dispõem de uma propriedade luminosidade excepcional que os distingue nitidamente de qualquer ser humano.
A flutuação energética manifestadas nas cores da aura de um Deva podem ser tão amplas que não raro constitui-se um objeto de grande terror para um clarividente desavisado.
Os Grandes Devas são a fonte de atividades em todo o mundo.
“Os Devas encontram-se em todo momento em todos os lugares. Sua natureza é o movimento, sua substância é o saber”.
Tal como entendemos a audição, podemos dizer que os Devas não possuem linguagem sonora audível, mas reagem às vibrações mais sutis de nossos pensamentos e emoções. O contacto com eles é feito pela linguagem das cores ou especialmente por telepatia.
Os magos autênticos sabem como preparar talismãs utilizando materiais e cores especiais destinados ao contacto com cada tipo de Devas. Existe uma alta magia relativa à preparação e emprego dos talismãs. Neles podem-se colocar combinações de símbolos e cores, constituindo assim uma verdadeira carta endereçada tanto aos Elementais quanto aos Devas. Mesmo um alto adepto muitas vezes faz uso de talismãs. Assim procedeu, Apolônio de Tiana visando proteger certas regiões contra catástrofes. Ele pôs em determinados pontos da Europa poderosos talismãs. Sabe-se que Ele escondeu sete preciosos talismãs na Europa com o fito de protegê-la até a volta do Cristo. Na Índia atual, a literatura conta que um Avatar de nome Sai-Baba tem feito isto também.
Os ensinamentos dos Vedas dão os mais completos e puros no que concerne aos conhecimentos relativos aos Devas, aos meios de invocá-los para colaborarem no trabalho das pessoas e mesmo para ensiná-las aconselhando-as.
Agora queremos dizer uma coisa muito importante: Existe uma infinidade de mantras que se destinam os contatos com o mundo dos Devas. Esta afirmativa pode despertar certa curiosidade, pois se os sons dizem respeito mais aos Elementais e as cores aos Devas por que eles atendem aos mantras? - Na realidade os mantras não são percebidos pelos Devas como sons e sim como cores. Vemos o mesmo acontecer com as pessoas que em estados modificados de consciência podem ouvir sons e percebe-los transformando-se em cores.
Esta é uma das razões pelas quais se usam vocalizações, pois o que importa é a vibração do som e não o sentido literal da palavra. A mentalização também gera cores tal como os sons e assim podem ser compreendidos pelos Devas. Mas, não é comum eles entenderem as palavras. Numa palavra eles endentem o som das letras e não o sentido literal delas, por isso e tão importante o nome da pessoa. Pelo seu nome uma pessoa tanto pode se aproximar quanto se afastar do Reino Dévico.
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Notas Explicativas:
1- Em temas futuros escreveremos com mais detalhes sobre essas duas formas de tratamento.
2- Na realidade podem existir nona polaridade inversa do Universo, na antítese da natureza positiva. Todos os seres têm réplicas negativas. Isto por ser um assunto extremamente delicado não podemos dizer quando teremos oportunidade de escrever sobre isto.